Diário de uma Paixão

quarta-feira, abril 27, 2005

Descontrolada

Não tenho controlo sobre mim mesma,o meu corpo é exteriornà vontade da minha mente,esta,está descontrolada.
Reclusos de uma prisão sem escrupulos,os meus pensamentos afundam-se em vontades sem acção,e o mundo exterior penaliza os sonhos que ainda esperam sair do interior do meu corpo.
As pessoas olham-me e dizem-me caladas que me tenho que conter,dizem-me que abafe a voz que teima em gritar,porém em silencio,continuo,retraída por olhares de ameaça e exclusão,olhares que não falam,mas batem.
As letras,as palavras,o papel,a caneta...São minhas ajudas intimas,pequenas salvações de cada dia,que me permitem continuar,e olhar e calar...
Enquanto o papel e a caneta me "sugam" as letras e as palavras,não as tenho que gritar,e assim posso desviar o olhar das repressões.
Enfim,que posso eu dizer?Os olhares permanecem,pois obedeço-lhes de olhar cansado e triste,esgotado de pressão,de que me serve o papel e a caneta então?
Não estou bem,minhas luas desencontraram-se,o meu controlo desapareceu.Hoje gritei ao mundo que estava farta,e como menina mimada que questiona tudo sem concreta curiosidade,pus em causa os meus sonhos e o meu mundo,e tudo o que ainda o alimenta.
O meu controlo desapareceu.Não sei para onde foi,não sei por que foi,não quero que volte,ou até talvez queira,não importa...Sei que o perdi.Estou descontrolada.

segunda-feira, abril 18, 2005

Letter to a prince

It makes no difference wrong or right,the time as come to say goodnight.
My head hurts,my mind is drowning in reallity.I'm sick and tired of being always sick and tired of being far away from you.I focus on the pain,ilusion of distance,nightmare of all my dream.
I command you to come and save my life.I know you can,but...do you want to?
Why does it always feel like sunday?
I fade away into oblivion,every second that i'm alive without you...
So kill me with the love that you won't give to me!
Why can't i be what you need?
I hurt myself today,to see if i still feel,i focus on the pain,the only thing that's real.
And if your darknees finds me,i could never be more lost...
I stare into myself I'm scared,of what I just might find...And I'm breaking down inside of me,still no one sees.
They say jump, and I say how high?Say jump and I say I might..
Forever is a word that i cannot describe,that died the time we said goodnight.

yours:Poisoned and hopeless Sleeping Beauty

quinta-feira, abril 14, 2005

Loucura?

E é algo que me transcende...Como se não coubesse tudo dentro de mim e tivesse que o exprimir de alguma forma,pois das duas uma,ou rebento ou morro sufocada.
Dizem que amor é diferente de paixão,que amor é para sempre,que paixão é momentânea...Mas será possível ao comum mortal sentir as duas em sintonia?Ou será apenas a confirmação de que estou louca?Sinceramente aceito um pouco das duas.
Tenho dias em que me inundo a mim mesma de cores que ainda nem sequer foram inventadas,tenho dias em que a vida parece fugir-me por entre os dedos,e que a unica razão para apanha-la,está em ti.
Não acredito em Deus,ou secalhar,convenci-me a mim mesma de que tal ser jamais me ouviria.Porém,as tuas palavras atingem-me como uma graça divina,que eu impune a tal superioridade tenho de aceitar.A tua presença é para mim como um urso de peluche que se dá a uma criança,sem ela,o meu sono transforma-se em guerra ali mesmo na minha cama.
Provas?Realidade?Como posso eu falar de realidade quando sinto o que sinto,que nem com palavras consigo definir?
Dizem-me os sérios que é paixão,dizem-me os tolos que é normal,e eu,permaneço na barreira entre os loucos e os sãos,com metade de mim mergulhada no lago da loucura,e outra metade cada vez mais submissa,de pés na terra firme da realidade.
Os meus olhos já cansados dizem-me que a loucura tambem dorme,e que as horas não esperam pela minha sanidade,ainda assim,continuo a lutar,pois sei que se os mantiver abertos só mais um bocadinho,ser-me-ha dada a louca mas necessária capacidade de te alcançar em vida.
Hoje,o meu corpo entra em contagem decrescente,chegará o momento no qual vou fechar os olhos e dormir,por agora de nada me serve entrar em guerra,pois a minha espada não vai lá estar.

sexta-feira, abril 08, 2005

Borboleta

Sou uma borboleta.
Minhas asas batem sem força,
Não tenho ninguém que prometa,
Ninguém que algo de bem me faça.
Dizem e mentem, "oh como és bela"
Depois deixam-me cair...
Ninguem me abre a janela.
Afastam-se e continuam a sorrir,
Fingindo a minha absurda e falsa inexistencia
Ninguem repara na minha ausencia.

Pois tambem eu,borboleta,choro.

Sou pedaços de uma borboleta.
Moribunda e silenciosa
Voei outrora e cheguei á meta,
Aceito o fim e espero ansiosa.
No chão,na erva,junto á porta
Lá dentro ouço vozes,sinto presença
Ninguem!Ninguem a mim conforta
Recosto-me e espero a próxima pisada
Porque afinal...não passo de nada.

E o nada tambem existe.

Já não sou uma borboleta.
Não sou ninguem.
Minhas cores brilhantes e serenas não existem.
Alguem veio acalmar meu voo,
Sou o nada que ninguem tem.

quinta-feira, abril 07, 2005

Borboleta

Sou uma borboleta.
Minhas asas batem sem força,
Não tenho ninguém que prometa,
Ninguém que algo de bem me faça.
Dizem e mentem, "oh como és bela"
Depois deixam-me cair...
Ninguem me abre a janela.
Afastam-se e continuam a sorrir,
Fingindo a minha absurda e falsa inexistencia
Ninguem repara na minha ausencia.

Pois tambem eu,borboleta,choro.

Sou pedaços de uma borboleta.
Moribunda e silenciosa
Voei outrora e cheguei á meta,
Aceito o fim e espero ansiosa.
No chão,na erva,junto á porta
Lá dentro ouço vozes,sinto presença
Ninguem!Ninguem a mim conforta
Recosto-me e espero a próxima pisada
Porque afinal...não passo de nada.

E o nada tambem existe.

Já não sou uma borboleta.
Não sou ninguem.
Minhas cores brilhantes e serenas não existem.
Alguem veio acalmar meu voo,
Sou o nada que ninguem tem.

quarta-feira, abril 06, 2005

Criança

Será que as minhas lágrimas não te doem?
Diz-me se sentes o calor depressivo que me vai dentro.
Brilha, escorre e cai...
Minhas lágrimas são estrelas cadentes,
Que deixam de brilhar quando morrem em minhas mãos.
Pergunta-me como me sinto agora!
Pergunta-me como se sente uma criança sem amor,
Pergunta-lhe pessoalmente.
Pergunta!Pergunta!Pergunta!Pergunta enquanto podes!
Ela vai partir em breve,agora,que lhe partiste todos os brinquedos...

Trash!Trash!Trash!
Boom!Trum!Trash!
...

Plim!

É agudo o ruído que se ouve agora.
Curioso...Já nada mais há a partir,
Que será o barulho fininho e agradável que ouço?
Plim!
(e ouve-se mais uma vez)
Podia ouvir este "Plim!" vezes e vezes sem conta...
É viciante.
Não!Desisto!Não sou capaz!Preciso de ajuda!
Plim!Plim!Plim!
(e o barulho ouve-se agora com uma intensidade estrondosa)
---Sim.Este é o barulho das minhas lágrimas a cair ---Diz a criança.
---Não,não pode!Elas falam,estão a gritar por socorro e nem tu as ouves...
---Ouvi-las?Para quê?Por alma de quem devo eu ajuda-las?---Responde a criança
---E porque não?Porque não ajuda-las a cair?Limpa-las com a manga do casaco,quem sabe?
---Talvez assim,percebas por que caiem elas.
---Elas caiem pura e simplesmente porque eu as deixo.---explica a criança serenamente.
(e assim se ouve um barulho diferente)

Plim...
(é abafado e triste)
---Deixai as então...
---É a ultima.Por muito que as quisesse ajudar só lhes faria mal.---diz,como se de um adulto se tratasse.

Plim!Plim!

---Não pararam...E agora,ajudas-as?
---Não posso,agora mesmo que quisesse,nada podia fazer.---explica a criança sorrindo.
---Mas...mas porquê?Que te fizeram elas?
---"Elas",estas que ouves agora...

Plim!Plim!Plim!

---Não me pertencem.---e assim a criança desaparece,deixando para trás o barulhinho agradável e fininho de um choro confuso.