O desespero
Não há fim à vista nem coragem para o ver.
Em tempos havia uma saída, agora apenas a paciência da espera por melhores dias. Era mais fácil fugir. Eu tenho tendência a ficar, a aguentar, a pesar os outros,quando já não aguento eu mesma o próprio peso. Cada vez mais baixo, e ao mesmo tempo cada vez mais alto.
Eu já não me consigo carregar. Já estou farta de tudo e todos.
Os dias vão passando lentamente e demasiado rápido. Os dias que eu não vejo,as noites que eu não quero ver.
Posso ceder a qualquer altura. As minhas veias dizem que sim, a minnha boca teima em negar. O óbvio parece não se entregar como óbvio, a mensagem não passa limpa.
Eu já quis mais viver, já quis menos morrer, já tive mais e menos motivos.
Só a esperança parece emagrecer.
Quero ficar e o mesmo tempo queria tanto mas tanto ir.
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