Diário de uma Paixão

domingo, novembro 23, 2008

Dores de percurso

Eu tambem não tenho culpa.
Tambem gostava que a minha vida fosse simples,menos entupida de traumas e frustrações,mas não é.Eu tive de me habituar a ela,e a mim mesma,aquilo que não posso,nem nunca pedi,peço,ou vou pedir a ti.
Senti que mais dia menos dia vais acabar por dizer o mesmo outra vez.Vais acabar por me magoar outra vez,e eu vou acabar por sair.Por onde não há saída.
Nunca na vida vou mudar o que sou por ninguem,não que ame os meus pequenos grandes problemas,ou seja egocêntrica,mas porque me custou muito passar por eles e ainda custa e provavelmente vai custar para sempre.É uma luta diária contra o "eu" que era suposto ser e aquele em que me tornei,e às vezes acordo com nódoas negras ou punhos doridos de tanto esmurrar a razão que nunca existiu para que assim tivessem corrido as coisas desde que nasci,mas é assim.
Tu,não tens culpa pelos quase 22 anos que te antecederam,e não tens culpa que eu esteja doente,magoada,frustrada ou sem forças (aquilo que me pedem constantemente para ter,sem me darem boa razão em troca).
Tu já fizeste muito mais do que eu esperaria,e custa-me admitir que tambem possas errar como qualquer um,mas fico feliz quando o fazes,porque me prova que és humano e és real.
Eu amo-te aparte dos meus problemas,e amo-te sem esperar em troca...
Eu sei que não tens culpa dos meus males,mas e eu?Eu tambem não...Eu tambem não.

quarta-feira, novembro 19, 2008

De armas e bagagens

A guerra começou,ou recomeçou,perdi a noção se ela alguma vez parou.
Lá vamos nós a mais uma corrida por abrigo e segurança,estabilidade.
A primeira vez que mudei de casa senti a mesma esperança que sinto hoje,aquela certeza de que vai correr tudo bem,que tudo vai mudar...A diferença é que hoje estou segura de que até isso acontecer ainda muita maré vai subir e baixar.
Tenho saudades daquilo que não volta,e do lugar ao qual prometi não voltar.
É verdade,já não luto sozinha,mas por vezes como ouvi algures,até podemos ter uma multidão à nossa volta e sentirmo-nos vazios.Eu não me sinto vazia,sinto medo.
Já tenho medo que nunca consiga aquilo por que luto há tanto tempo.
São 2 meses à espera do resultado,e já faz quase 9 meses que soube o resultado de outro mal.
Foi um ano dificil para mim e calculo não só para mim mas para outras pessoas de quem gostei e ainda gosto.
Mas o mundo deu tantas voltas que aprendi a não lutar por elas,lutar por mim,porque eu sou a unica que vai estar sempre aqui..
Há uma coisa que não mudou desde o ano passado,cada vez tenho mais certeza,de que vim de armas e bagagens,contra tudo e contra todos,para ficar.