M
Sentada no centro do meu quarto,no centro do silencio e da escuridão.A minha vida foge-me das mãos como um veneno viscoso e húmido por entre os dedos,o frio do chão diz-me que ainda sinto.Imune a qualquer dor,observo as 4 velas que me rodeiam como as fontes do meu sangue.À medida que a chama se intensifica sinto os meus dedos deslizar mais depressa sobre o papel,como se corresse,como se fugisse de algo que me assombra.
Se a chama se apagar,que será desta memória?Que será deste momento que deveria ser eterno?Morrerá.
Sentada no centro do negro destas 4 paredes quebradas,e no gelo sofrido deste chão onde já caí tanta vez,sinto tudo o que ficou por sentir,tudo aquilo que sempre me amedrontou.Estou cansada de correr,o ar desaparece derretendo-se dentro deste corpo jovem exausto.Vejo coisas.
Alucinações do que poderá ser o meu medo,visões daquele de quem aterrorizada fujo.Não tem cor nem tamanho,nem muito menos cheiro.Não o encontro quando em actos de rebeldia irresponsavel decido enfrenta-lo.Terá nome?Eu sempre lhe chamei algo pelo qual a letra "M" será sempre culpada.Mas não é aquilo que é,e que espero ansiosa ser,não pode,não é assim tão previsivel!
Tudo aquilo que me arrependo aparece.A janela aberta faz-me temer que entre,faz-me tremer e desejar e ter pavcor desse mesmo desejo.
Luzes assombram-me agora ao fim de todas estas palavras perdidas,sem sentido.Será mesmo o fim?Porque não param então as minhas mãos que esfomeadas de letras,escrevem?Porque não param de brilhar então,os meus olhos que feridos ardem?Porque não cesso eu toda esta insegurança escura e fria e me levanto?
A luz volta.Em forma de anjo diz-me para não temer aquela letra,diz-me que não sou a fraqueza que triste observo todos os dias no espelho.E eu rendo-me e acalmo.Olho corajosa para trás na esperança de poder ganhar àquele que me assombra as noites.Era ele.
A claridade nunca foi assim por mim tão desejada,a luz desapareceu deixando-me levemente curiosa da continuação do sonho.Receosa se algum dia vencerei os "Ms" que me assustam tanto.E eu,docemente olho para trás e digo:
"Medo,dá-me a mão."
A vitória apenas adormece momentaneamente um dos lados.O empate é eterno.
Se a chama se apagar,que será desta memória?Que será deste momento que deveria ser eterno?Morrerá.
Sentada no centro do negro destas 4 paredes quebradas,e no gelo sofrido deste chão onde já caí tanta vez,sinto tudo o que ficou por sentir,tudo aquilo que sempre me amedrontou.Estou cansada de correr,o ar desaparece derretendo-se dentro deste corpo jovem exausto.Vejo coisas.
Alucinações do que poderá ser o meu medo,visões daquele de quem aterrorizada fujo.Não tem cor nem tamanho,nem muito menos cheiro.Não o encontro quando em actos de rebeldia irresponsavel decido enfrenta-lo.Terá nome?Eu sempre lhe chamei algo pelo qual a letra "M" será sempre culpada.Mas não é aquilo que é,e que espero ansiosa ser,não pode,não é assim tão previsivel!
Tudo aquilo que me arrependo aparece.A janela aberta faz-me temer que entre,faz-me tremer e desejar e ter pavcor desse mesmo desejo.
Luzes assombram-me agora ao fim de todas estas palavras perdidas,sem sentido.Será mesmo o fim?Porque não param então as minhas mãos que esfomeadas de letras,escrevem?Porque não param de brilhar então,os meus olhos que feridos ardem?Porque não cesso eu toda esta insegurança escura e fria e me levanto?
A luz volta.Em forma de anjo diz-me para não temer aquela letra,diz-me que não sou a fraqueza que triste observo todos os dias no espelho.E eu rendo-me e acalmo.Olho corajosa para trás na esperança de poder ganhar àquele que me assombra as noites.Era ele.
A claridade nunca foi assim por mim tão desejada,a luz desapareceu deixando-me levemente curiosa da continuação do sonho.Receosa se algum dia vencerei os "Ms" que me assustam tanto.E eu,docemente olho para trás e digo:
"Medo,dá-me a mão."
A vitória apenas adormece momentaneamente um dos lados.O empate é eterno.