Mapas rasgados
Percorri um longo caminho.Tinha um mapa detalhado,estradas coloridas para não me perder,e uma lanterna para as noites mais escuras.Fugi de uma terra que odiava para viver onde o meu coração está.Andei,andei,andei...Até os meus pés terem bolhas e o suor me arder nos olhos.Andei até não poder mais,e parecia poder sempre mais.
Hoje cheguei ao sitio onde pensava ser o final desse caminho doloroso,cheguei e sentei-me a olhar para ele.Uma terra distante cheia de nadas,e eu que pensava que era uma coisa deslumbrante,deslumbrei-me com a desilusão que me causou.Não era nada do que eu queria,não era aquilo que eu planeava há tantos anos,e certamente não é o fim da linha.
Tomei banho,calcei os ténis e lá fui eu.A caminho do desconhecido outra vez,e o que é mais engraçado é que na minha cabeça esse sitio parece tão claro,que me custa a acreditar que não cheguei.
Estava tudo na minha cabeça.
Perdi o mapa.
Gostava de ter certeza que lá vou chegar,mas não vou.A busca é sempre tão mais entusiasmante que o encontro,e o encontro é sempre decepcionante à imaginação.
Há quem crie amigos imaginários,eu criei um fim imaginário para a minha história.
Só queria uma casa,uma família,um cão e ir à escola,ao invés disso estou cada vez mais adulta do que os outros à minha volta.Há um relógio em contagem decrescente no cantinho do meu olho,e vai riscando uma lista de coisas que nunca hei de poder fazer.
Desta vez a culpa é minha.
Hoje cheguei ao sitio onde pensava ser o final desse caminho doloroso,cheguei e sentei-me a olhar para ele.Uma terra distante cheia de nadas,e eu que pensava que era uma coisa deslumbrante,deslumbrei-me com a desilusão que me causou.Não era nada do que eu queria,não era aquilo que eu planeava há tantos anos,e certamente não é o fim da linha.
Tomei banho,calcei os ténis e lá fui eu.A caminho do desconhecido outra vez,e o que é mais engraçado é que na minha cabeça esse sitio parece tão claro,que me custa a acreditar que não cheguei.
Estava tudo na minha cabeça.
Perdi o mapa.
Gostava de ter certeza que lá vou chegar,mas não vou.A busca é sempre tão mais entusiasmante que o encontro,e o encontro é sempre decepcionante à imaginação.
Há quem crie amigos imaginários,eu criei um fim imaginário para a minha história.
Só queria uma casa,uma família,um cão e ir à escola,ao invés disso estou cada vez mais adulta do que os outros à minha volta.Há um relógio em contagem decrescente no cantinho do meu olho,e vai riscando uma lista de coisas que nunca hei de poder fazer.
Desta vez a culpa é minha.