O amor são as esperas
Pus o teu desodorizante,para ocultar o cheiro da tua ausência,para fingir a tua aromática presença.
Ouço jazz ansiando a tua tardia chegada,doce overdose de saudade precipitada.A precipitação vai chegando lentamente...
O céu anuncia nevoeiro pela manhã,e a noite é ainda tão longa que me parece infinita.
Respiro fundo e roubo imagens à memória esforçando-me a não cair no presente mas porque é que o tempo me engana?
Sigo o relógio e engano-me a mim mesma,mais um minuto,mais uma hora,mais uma noite,mais um dia...
Respiro sofregamente engulindo este cheiro activo e forte,é como nós,amor.
Quando abro os olhos desengano o chão onde por segundos escorreguei,encostada à parede fria que num ápice foram as tuas costas.
Um aperto no estomâgo,de excessos por deitar fora.Um poço vácuo de ar,matou os meus pulmões por hoje.
Amanhã é um novo dia,uma nova luta sem sinalização,um retrato sem traços.Acordar sozinha é um pesadelo de olho aberto por entre lençois enrugados.
Mais uma rotina de sorrisos plastificados e olhares fugidios ao que rodeia o corpo.Cada dia,uma noite da alma,que em sono profundo espera a altura certa para se levantar.
São vidas e são mortes estes instantes em circulo.
360 graus que vão e voltam,vão e voltam e não param.
Abraço a tua almofada na esperança de atingir a tua temperatura,de agarrar o teu cheiro como quando te agarro a mão ao adormecer.
Se a paixão dos outros é vermelha,a nossa é negra como a noite que nos abraça lá fora,aqui mesmo à minha frente.Aterrorizadora como o mar,maior que todos nós,nada nem ninguem se lhe sobrepõe.
Infinitas são as horas,meu amor,quando aguardo o teu regresso,porque o amor...O amor são as esperas.São esperas como esta.
Ouço jazz ansiando a tua tardia chegada,doce overdose de saudade precipitada.A precipitação vai chegando lentamente...
O céu anuncia nevoeiro pela manhã,e a noite é ainda tão longa que me parece infinita.
Respiro fundo e roubo imagens à memória esforçando-me a não cair no presente mas porque é que o tempo me engana?
Sigo o relógio e engano-me a mim mesma,mais um minuto,mais uma hora,mais uma noite,mais um dia...
Respiro sofregamente engulindo este cheiro activo e forte,é como nós,amor.
Quando abro os olhos desengano o chão onde por segundos escorreguei,encostada à parede fria que num ápice foram as tuas costas.
Um aperto no estomâgo,de excessos por deitar fora.Um poço vácuo de ar,matou os meus pulmões por hoje.
Amanhã é um novo dia,uma nova luta sem sinalização,um retrato sem traços.Acordar sozinha é um pesadelo de olho aberto por entre lençois enrugados.
Mais uma rotina de sorrisos plastificados e olhares fugidios ao que rodeia o corpo.Cada dia,uma noite da alma,que em sono profundo espera a altura certa para se levantar.
São vidas e são mortes estes instantes em circulo.
360 graus que vão e voltam,vão e voltam e não param.
Abraço a tua almofada na esperança de atingir a tua temperatura,de agarrar o teu cheiro como quando te agarro a mão ao adormecer.
Se a paixão dos outros é vermelha,a nossa é negra como a noite que nos abraça lá fora,aqui mesmo à minha frente.Aterrorizadora como o mar,maior que todos nós,nada nem ninguem se lhe sobrepõe.
Infinitas são as horas,meu amor,quando aguardo o teu regresso,porque o amor...O amor são as esperas.São esperas como esta.