O numero 3
Ainda não percebeste...Mesmo depois disto tudo.Eu não queria um ponto final,queria uma virgula.
Leio os meus diários de quando tinha 13,14,15 anos,tudo permanece na mesma.Uma ilusão de segurança fez-me crer que estava tudo bem.Que a minha estabilidade não era apenas aquela mão que me segurava durante 2 meses e como por magia,desaparecia.Aprendi que a estabilidade é como uma nuvem de vapor quente que mais tarde ou mais cedo acaba por desaparecer,lentamente,ficando mais fria.Não é um trabalho e dinheiro certo ao fim do mês que me vai fazer sentir mais segura,não é a tua presença ocasionalmente no meu corpo que me vai fazer sentir segura ao ponto de não me importar de cair,não são os meus textos que me fazem gostar mais de mim do que na verdade é possível.Lições de moral a mim mesma é o que eles são.Lições de moral a mim,é o que tu és.Aprendi que as criticas e as teorias de afastamento que tinha antes de apareceres na minha vida afinal não são assim tão simples,e eu não tinha assim tanta experiência quanto isso.Aprendi que não se chama masoquismo ao que acontece quando amamos alguem e essa pessoa não nos ama,e nos magoa com a perfeita noção de que o está a fazer.É o tal maldito amor.Aquela coisa lamexas e complicadinha que eu gosto tanto de escrever e tão pouco de falar.Aquela coisa que eu gostava que me tivesses dito.
Nos meus diários todos os dias,todas as páginas,às vezes mais de que uma vez dizia "estou cansada","estou exausta","estou esgotada","estou saturada",e nem sequer sabia porquê.Era tão miudinha para me sentir assim tão cansada...
Agora com quase vinte anos não estou mais nem menos cansada,mas continuo a pensar para comigo mesma o quão farta estou disto tudo,do que me acontece,do que me aparece,do mau e do bom.Apenas me iludi que não o estava,na esperança infundada de que se tornasse realidade.Acordei com quase vinte anos e percebi que escrevia melhor quando tinha 13 anos e me sentia esgotada,do que agora,que me engano com sensações falsas de leveza para me confortar a mim propria.Sim,sempre a mim mesma,a mim propria,a mim,a mim,a mim.Sou sempre eu.Sempre eu o problema,sempre eu a culpada,sempre eu o egoístazinho centro do mundo que eu MESMA criei.Agora que me sinto quase adulta,percebo que este egocentrismo não quer dizer somente egocentrismo,nem egoísmo nem algo do género,quer apenas demonstrar o quanto me sinto sozinha,e carente.Eu não sou de ferro.E já há muito tempo que não tinha tanta fome de escrever como hoje,provavelmente estou a iludir-me outra vez,provavelmente estou a prender-me à esperança estupida de que o meu telemovel vai tocar outra vez e serás tu.Sinto a minha adrenalina como um termometro a descer,a descer vertiginosamente para acabar este texto comigo na cama,sem força para chorar,mas ao mesmo tempo a convencer-me que não o posso fazer porque sou forte,porque as paredes que separam o meu quarto da sala são finas,e posso-me magoar outra vez se as minhas lágrimas inundarem o resto da casa.
Os diários registam aquilo que eu sou,não aquilo que eu fui.Sinto uma febre que quase me cega ao lê-los,sinto-me arrependida por ter vergonha do que sou,e meto na cabeça já não ser.Ainda não encontrei uma droga que me faça congelar o cerebro e derreter o coração,ou talvez o contrario,mas anseio esse encontro como uma salvação.Engraçado como só agora percebo que o amor não é nada de especial,não é o tema deste texto que ninguem vai ler,mas foi o que me levou a escreve-lo.A força que move o mundo,dizem.Eu cá continuo a pensar que é a força que o empurra para o fundo do poço.
Respiro fundo e não doi.O coração bate e doi.Fecho e abro os olhos e doi.A cada palavra que aqui escrevo sem intenção vou escrevendo outra,apago e volto atrás.Era bom que tudo fosse assim...
E a palavra que se repete vezes sem conta nos meus dedos e na minha cabeça não é amor,mas o começo dessa é o fim daquela.
3 semanas...3 meses...3 letras.
Leio os meus diários de quando tinha 13,14,15 anos,tudo permanece na mesma.Uma ilusão de segurança fez-me crer que estava tudo bem.Que a minha estabilidade não era apenas aquela mão que me segurava durante 2 meses e como por magia,desaparecia.Aprendi que a estabilidade é como uma nuvem de vapor quente que mais tarde ou mais cedo acaba por desaparecer,lentamente,ficando mais fria.Não é um trabalho e dinheiro certo ao fim do mês que me vai fazer sentir mais segura,não é a tua presença ocasionalmente no meu corpo que me vai fazer sentir segura ao ponto de não me importar de cair,não são os meus textos que me fazem gostar mais de mim do que na verdade é possível.Lições de moral a mim mesma é o que eles são.Lições de moral a mim,é o que tu és.Aprendi que as criticas e as teorias de afastamento que tinha antes de apareceres na minha vida afinal não são assim tão simples,e eu não tinha assim tanta experiência quanto isso.Aprendi que não se chama masoquismo ao que acontece quando amamos alguem e essa pessoa não nos ama,e nos magoa com a perfeita noção de que o está a fazer.É o tal maldito amor.Aquela coisa lamexas e complicadinha que eu gosto tanto de escrever e tão pouco de falar.Aquela coisa que eu gostava que me tivesses dito.
Nos meus diários todos os dias,todas as páginas,às vezes mais de que uma vez dizia "estou cansada","estou exausta","estou esgotada","estou saturada",e nem sequer sabia porquê.Era tão miudinha para me sentir assim tão cansada...
Agora com quase vinte anos não estou mais nem menos cansada,mas continuo a pensar para comigo mesma o quão farta estou disto tudo,do que me acontece,do que me aparece,do mau e do bom.Apenas me iludi que não o estava,na esperança infundada de que se tornasse realidade.Acordei com quase vinte anos e percebi que escrevia melhor quando tinha 13 anos e me sentia esgotada,do que agora,que me engano com sensações falsas de leveza para me confortar a mim propria.Sim,sempre a mim mesma,a mim propria,a mim,a mim,a mim.Sou sempre eu.Sempre eu o problema,sempre eu a culpada,sempre eu o egoístazinho centro do mundo que eu MESMA criei.Agora que me sinto quase adulta,percebo que este egocentrismo não quer dizer somente egocentrismo,nem egoísmo nem algo do género,quer apenas demonstrar o quanto me sinto sozinha,e carente.Eu não sou de ferro.E já há muito tempo que não tinha tanta fome de escrever como hoje,provavelmente estou a iludir-me outra vez,provavelmente estou a prender-me à esperança estupida de que o meu telemovel vai tocar outra vez e serás tu.Sinto a minha adrenalina como um termometro a descer,a descer vertiginosamente para acabar este texto comigo na cama,sem força para chorar,mas ao mesmo tempo a convencer-me que não o posso fazer porque sou forte,porque as paredes que separam o meu quarto da sala são finas,e posso-me magoar outra vez se as minhas lágrimas inundarem o resto da casa.
Os diários registam aquilo que eu sou,não aquilo que eu fui.Sinto uma febre que quase me cega ao lê-los,sinto-me arrependida por ter vergonha do que sou,e meto na cabeça já não ser.Ainda não encontrei uma droga que me faça congelar o cerebro e derreter o coração,ou talvez o contrario,mas anseio esse encontro como uma salvação.Engraçado como só agora percebo que o amor não é nada de especial,não é o tema deste texto que ninguem vai ler,mas foi o que me levou a escreve-lo.A força que move o mundo,dizem.Eu cá continuo a pensar que é a força que o empurra para o fundo do poço.
Respiro fundo e não doi.O coração bate e doi.Fecho e abro os olhos e doi.A cada palavra que aqui escrevo sem intenção vou escrevendo outra,apago e volto atrás.Era bom que tudo fosse assim...
E a palavra que se repete vezes sem conta nos meus dedos e na minha cabeça não é amor,mas o começo dessa é o fim daquela.
3 semanas...3 meses...3 letras.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial