Luz
A todas as coisas que não conseguimos ver,porque não são palpaveis,atribuímos imagens.
As memórias que temos e que nos perseguem coladas na parte detrás do olhar,são um exemplo.Conseguimos vê-las e por vezes até mesmo tocar-lhes,mas não passa da nossa imaginação mais desejosa.
Sempre imaginei as memórias douradas.Talvez porque detesto ouro,porque amo prata e prata soa-me a algo jovem,novo,associado ao presente.As lembranças,são douradas e algo desfocadas como um filme antigo.O meu ódio pelo dourado fez-me parar.Parar de criar memórias.Se paramos de cria-las,paramos o processo de cicatrização.Como podemos sarar se não nos cobrimos com pele nova?
As estrelas separadas pelo céu roxo,deixam um reflexo doce nas àrvores cá em baixo.Aquela luz dourada que parece nunca ir embora,que parece acompanhar-me para sempre,não apenas pelos momentos em que estou debaixo dela a pensar se será possível guarda-la para mais tarde.
Só nos decidimos a sarar,quando existem memórias que valem a pena,quando são compativeis com a nossa pele,e sabemos que lá vão ficar por bastante tempo...Nessa altura,se pensarmos com muita força,como os miudos que pedem desejos aos arco-iris,a luz entra.Tapa mais um bocadinho de uma memória qualquer fora de validade,e produz automaticamente uma nova.Sim,como uma limpeza.
Sempre imaginei dourado pelo meio dos meus pensamentos,hoje estão um prateado reluzente viciante,como uma faca que não corta.
Só a luz...E a transparencia.
As memórias que temos e que nos perseguem coladas na parte detrás do olhar,são um exemplo.Conseguimos vê-las e por vezes até mesmo tocar-lhes,mas não passa da nossa imaginação mais desejosa.
Sempre imaginei as memórias douradas.Talvez porque detesto ouro,porque amo prata e prata soa-me a algo jovem,novo,associado ao presente.As lembranças,são douradas e algo desfocadas como um filme antigo.O meu ódio pelo dourado fez-me parar.Parar de criar memórias.Se paramos de cria-las,paramos o processo de cicatrização.Como podemos sarar se não nos cobrimos com pele nova?
As estrelas separadas pelo céu roxo,deixam um reflexo doce nas àrvores cá em baixo.Aquela luz dourada que parece nunca ir embora,que parece acompanhar-me para sempre,não apenas pelos momentos em que estou debaixo dela a pensar se será possível guarda-la para mais tarde.
Só nos decidimos a sarar,quando existem memórias que valem a pena,quando são compativeis com a nossa pele,e sabemos que lá vão ficar por bastante tempo...Nessa altura,se pensarmos com muita força,como os miudos que pedem desejos aos arco-iris,a luz entra.Tapa mais um bocadinho de uma memória qualquer fora de validade,e produz automaticamente uma nova.Sim,como uma limpeza.
Sempre imaginei dourado pelo meio dos meus pensamentos,hoje estão um prateado reluzente viciante,como uma faca que não corta.
Só a luz...E a transparencia.
3 Comentários:
Às 6:28 da tarde , Tiago Campos disse...
"O meu ódio pelo dourado fez-me parar.Parar de criar memórias.Se paramos de cria-las,paramos o processo de cicatrização.Como podemos sarar se não nos cobrimos com pele nova?"
Demasiado verdade... E é por isso que temos mesmo de acabar por seguir em frente e esquecer o que já lá vai, interiorizar que é passado... E opa, é excelente mesmo ver uma conclusão positiva neste texto :) Há alturas em que realmente vale a pena, e deixamos que essa luz nos faça seguir em frente... E ainda bem...
O céu roxo está lá sempre, basta haver luz suficiente... *
Grande texto, para não variar :P
Às 5:36 da manhã , Entre a Realidade e o Sonho disse...
Perdi as palavras a caminho de casa.Eram douradas os mitras pensavam k era de ouro e roubara-me...
**
Às 11:33 da manhã , Tiago Campos disse...
Sim, e vou :) estava mesmo "lançado" para escrever ontem, mas estava a adormecer à frente do computador (nunca me devia ter embrulhado num cobertor tipo velhinha xD) mas hoje escrevo de certeza :D
*
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial