Fragmentos
Nos rostos daquela gente,um espelho do avesso era o que eu admirava.Todo o oposto e negativo que sinto em mim,lá estava no reflexo sujo de umas quantas pessoas maquilhadas em exagero.
Perdi-me por instantes ao ver-me,do outro lado do espelho,dei por mim a jogar todos os meus trunfos.Todas aquelas forças que ainda tinha para obrigar os meus olhos a chorar,em vão.Gritei até me doer a cabeça e o estomago,e não sentir nada mais.Como se o resto do corpo estivesse ali de pé,tremido,sem o meu controle.Gritei uma vez mais,já não importava que ninguem ouvisse,até porque os seus gritos de falsidade soavam mais alto que os meus,por não conseguir que saíssem dos meus lábios.Cerrei os punhos tal e qual como se tivesse 5 anos e não me quisessem dar um rebuçado.Deixei marcas de sangue pisado na palma de ambas as mãos,e mordi-me até fazer ferida.Pelo menos esta,um dia,vai sarar,pensei eu.O Sol forte fez com que chorasse,um choro involuntário,como um homícidio.Ainda assim não estava ninguem em volta para o poder comprovar,não havia testemunhas,limpei os óculos escuros e segui em frente.
O espelho perseguia-me por todos os corredores,com todos aqueles nomes que não conhecia e me faziam andar mais rápido que o meu próprio corpo.
Parei diante dele,afastada da multidão teatral,e pedi-lhe que se virasse,pedi-lhe que me mostrasse o verdadeiro reflexo,não aquele abstracto e surreal.A sua resposta foi simples e directa.Um silencio devastador em resposta aos meus berros de desespero.Um desprezo indiferente à minha voz rouca que não se ouviu durante 2 dias.Ao qual não consegui mais passar ao lado.
Num impulso de revolta,bati-lhe.Bati-lhe até ver sangue escorrer pelas minhas mãos e pelos meus braços,bati-lhe até as minhas lágrimas se chamarem voluntárias,bati-lhe até que quebrasse.Quando já não havia reflexo,olhei os pedaços espalhados pelo chão,e intoxicada com o pó com que ele me vestia,nada tinha mudado.
Abandonei aquele lugar horrendo deixando para trás uma série de fragmentos de memória.Não tenho mais de quem fugir a não ser deles.
Só gostava de os poder colar,pedacinho a pedacinho,fragmento a fragmento...Para os poder partir novamente.
Perdi-me por instantes ao ver-me,do outro lado do espelho,dei por mim a jogar todos os meus trunfos.Todas aquelas forças que ainda tinha para obrigar os meus olhos a chorar,em vão.Gritei até me doer a cabeça e o estomago,e não sentir nada mais.Como se o resto do corpo estivesse ali de pé,tremido,sem o meu controle.Gritei uma vez mais,já não importava que ninguem ouvisse,até porque os seus gritos de falsidade soavam mais alto que os meus,por não conseguir que saíssem dos meus lábios.Cerrei os punhos tal e qual como se tivesse 5 anos e não me quisessem dar um rebuçado.Deixei marcas de sangue pisado na palma de ambas as mãos,e mordi-me até fazer ferida.Pelo menos esta,um dia,vai sarar,pensei eu.O Sol forte fez com que chorasse,um choro involuntário,como um homícidio.Ainda assim não estava ninguem em volta para o poder comprovar,não havia testemunhas,limpei os óculos escuros e segui em frente.
O espelho perseguia-me por todos os corredores,com todos aqueles nomes que não conhecia e me faziam andar mais rápido que o meu próprio corpo.
Parei diante dele,afastada da multidão teatral,e pedi-lhe que se virasse,pedi-lhe que me mostrasse o verdadeiro reflexo,não aquele abstracto e surreal.A sua resposta foi simples e directa.Um silencio devastador em resposta aos meus berros de desespero.Um desprezo indiferente à minha voz rouca que não se ouviu durante 2 dias.Ao qual não consegui mais passar ao lado.
Num impulso de revolta,bati-lhe.Bati-lhe até ver sangue escorrer pelas minhas mãos e pelos meus braços,bati-lhe até as minhas lágrimas se chamarem voluntárias,bati-lhe até que quebrasse.Quando já não havia reflexo,olhei os pedaços espalhados pelo chão,e intoxicada com o pó com que ele me vestia,nada tinha mudado.
Abandonei aquele lugar horrendo deixando para trás uma série de fragmentos de memória.Não tenho mais de quem fugir a não ser deles.
Só gostava de os poder colar,pedacinho a pedacinho,fragmento a fragmento...Para os poder partir novamente.
2 Comentários:
Às 2:27 da manhã , Tiago Campos disse...
Epa... O teu texto bateu o meu (em pequenos fragmentos HAHAHAHAHAHA viste aqui a piada :D viste, viste? hahaha... ahh... pois. *ahem*) mas fogo. Está genialíssimo... O nível de angústia, de raiva... Quase que nos sentimos mal a ler o texto, está escrito de uma maneira que partilhamos essa raiva... E a conclusão está mesmo genial, como se não houvesse mesmo lugar para remorsos.
Como já disse, a tua escrita pronto... It kills me :o
*
Às 5:38 da tarde , Entre a Realidade e o Sonho disse...
Colocando a vida = a uma estrada de um so sentido onde n se pode fazer inversao de marcha nem sair do carro sabes o k nos resta?
Olhar pelo retrovisor e ao mm tempo mantermo-nos na estrada pra nao termos um acidente...
Nem sempre as pessoas que nos dao as indicaçoes na estrada pra onde queremos ir sao as melhores,as x tresandam de falsidade e cinismo,engano ja sentido a km de distancia mas sabes o k tem que se fazer nao é?
Confiar no teu proprio eu,ele sim nao te vai enganar e é sincero...
A vida é assim e nao ha Gps,nunca havera,apenas nos resta nos proprios e akeles k nos competam so assim conseguimos ter a certeza que nao iremos pelo caminho errado...
*Se calhar Fugi um bocado ao teu texto mas foi saindo assim vrummm
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