Frígida
Tornaste-te na boneca de porcelana,pálida e apática,que sempre quiseste evitar ser.Tornaste-te numa Lídia.
Desejas tanto ser desejada,que não desejas nada,nem ninguem.Deixas-te levitar,da cama que enfeitas até ao espelho,só para teres a certeza que és feia,e pálida,e superficial.Voas até lá com o poder da mente que não possuis nas mãos gélidas que não tocam alma viva.Chamas à imagem tudo aquilo que gostavas na realidade que te chamassem,inventas expressões não espontâneas na esperança que se colem,e não tenhas mais que fingir.
Finges todos os dias ser o que não és,já foste.Sonhas todas as noites com o que queres sonhar,não tens sonhos.Evitas todos os dias aquele aperto,aquele abraço,aquele beijo,aquele toque,porque te enojas a ti mesma,com medo que enojes o que te rodeia.
Tornaste-te num elemento passivo da paisagem,um pássaro embalsemado,que não passou do secreto desejo de voar.
Torna-te em alguem,diz que sim.Não deve ser assim tão dificil sentir...Eu estou disposta a ajudar-te.Tu assim não resistes,e eu,eu vivo dentro de ti a empurrar-te para fora do poço.
Tu és terrível,porque és eu.
Desejas tanto ser desejada,que não desejas nada,nem ninguem.Deixas-te levitar,da cama que enfeitas até ao espelho,só para teres a certeza que és feia,e pálida,e superficial.Voas até lá com o poder da mente que não possuis nas mãos gélidas que não tocam alma viva.Chamas à imagem tudo aquilo que gostavas na realidade que te chamassem,inventas expressões não espontâneas na esperança que se colem,e não tenhas mais que fingir.
Finges todos os dias ser o que não és,já foste.Sonhas todas as noites com o que queres sonhar,não tens sonhos.Evitas todos os dias aquele aperto,aquele abraço,aquele beijo,aquele toque,porque te enojas a ti mesma,com medo que enojes o que te rodeia.
Tornaste-te num elemento passivo da paisagem,um pássaro embalsemado,que não passou do secreto desejo de voar.
Torna-te em alguem,diz que sim.Não deve ser assim tão dificil sentir...Eu estou disposta a ajudar-te.Tu assim não resistes,e eu,eu vivo dentro de ti a empurrar-te para fora do poço.
Tu és terrível,porque és eu.
4 Comentários:
Às 12:17 da manhã , Tiago Campos disse...
You know... Ler'-te' é sempre uma espécie de montanha russa emocional (esta expressão é linda), porque conforme leio vou sempre sentindo o que vai nas tuas palavras... E lembra-me neste caso de certo medo.
Por vezes quando julgamos que estamos a fingir estamos mesmo a ser sinceros, mas simplesmente não queremos saber que talvez ainda tenhamos o que já fomos preso em nós. E não é difícil sentir, apesar de ser irónico ser eu a dizê-lo :P Acho que só precisamos de quem nos ajude um pouco, mesmo que ás vezes não nos apercebamos que tal acontece. O empurrão não tem de ser só teu, há sempre alguém disposto a dar uma mão, mesmo que também se encontre em situação semelhante... Torna-se uma espécie de trabalho de equipa.
E besides, como não se resiste assim... Há que arriscar, right? **
Às 12:18 da manhã , Tiago Campos disse...
(mais um bocado e o comentário era tão grande como o texto :D go me! *mata-se*)
Às 4:47 da manhã , Lou disse...
Se não tem,porque doi?..
Obrigada. Que honra estar no teu nick(:
Quanto ao texto,mais uma vez identifico-me demasiado para conseguir dizer coisa.
One day...*
Às 7:29 da tarde , k disse...
as batalhas mais duras são as que travamos com nós mesmos. eu ainda não ganhei a minha, e acho difícil conseguir um dia.
lovely, yet sad. talvez porque tenha visto um pouco do que eu sou.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial