Diário de uma Paixão

terça-feira, julho 24, 2007

Medo

Descarrego a minha energia para o drama,no trabalho.descarrego a minha capacidade de mentir e improvisar naquilo que realmente deveria ser importante sem o ser.Não o sinto como se fosse.Não estou feliz.Os meus olhos ardentes dizem que a noite foi longa,que os pesadelos não me deixam respirar,e que acordo com a almofada inundada sem saber porquê,nem me lembrar como.Revolta-me.Sou uma revoltada acima de tudo.Conheço o ódio e o seu maior inimigo,é possível alguem senti-los em simultaneo?Sempre achei que não.Cansada de teorias sem prática.
Quando revejo o meu passado há apenas uma palavra que se mantem,cansaço.Saturação.Limite.Eu já cheguei ao meu há uns bons meses,e parecendo que não continuo a ultrapassa-lo como se os sinais vermelhos não existissem.
Vejo o mundo enevoado e não consigo dizer o que quero,maldita rotina em que me meti...Aos olhos de fora parece melhorar,e aos meus?Estou disposta a perder a unica coisa que resta por limites.É tão dificil ouvir quando não podemos responder...
Vivo em anarquia comigo mesma.Tu percebes,tu eu sei que sim.Mais que qualquer outro.É indiferente,agora sou eu que digo,não me serve de muito saber que percebes.
A letra M é me assustadoramente familiar...
És um poeta.Esta sou eu despida de metáforas.
E "o poeta é um fingidor..."


"O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva às vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar"- Shakeaspeare

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