Diário de uma Paixão

segunda-feira, outubro 25, 2004

A minha insónia.

Desolada, abracei a almofada e fechei os olhos...deles escorreu uma timida lágrima cansada que pouca força teve para se deixar caír. Pois eu, sinto-me assim, cansada, tão cansada que nem ao menos tenho força para cair, nem ao menos para cair...
Como a chama da vela que acendi esta noite para minha companhia, estou a extinguir-me aos poucos, a minha alma vai-se apagando, e eu já nada posso fazer contra, para evitar dor.
Anseio desesperadamente por um alívio fiel, um descanço que venha acalmar os meus fantasmas,que atordoando o meu espirito, teimam em ficar.
A lágrima evapora-se sem porquê, os olhos aos poucos se abrem, surpresos e exaustos, já é dia, e os fantasmas com a lua se foram...mas uma coisa permanece:a tua ausência.
A tormenta chega assim a um fim,mesmo k breve, a vela essa, continua no mesmo lugar, fiel companheira de insónia, já sem luz, prepara-se para se despedir até mais uma destas noites de tortura em que me afogo em sonhos, no mundo surreal que a almofada me oferece.
Lá, sei que estás sempre presente e nunca me abandonas, sinto-me segura, protegida, eterna...Como a tua presença na minha memória...eterna.

1 Comentários:

  • Às 10:34 da manhã , Blogger Pedro Ferreira disse...

    Como dizes no fim do post, "Como a tua presença na minha memória...eterna." e é mesmo disto que trata a vida, de memórias... e quando chegar finalmente ao momento da nossa morte, são essas que contarão para aquele momento sorridente em que os nossos lábios se deleitam...
    Continua...

     

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