A lenda do cavaleiro sem regresso
Hoje ouvi uma piada interessante.Disseram-me que não voltavas,e eu ri-me e continuei a minha vida como se nada fosse.Levantei-me,tive a discussão diária com quem me rodeia,arranjei-me para sair,roupa,cabelo,rimel,sombra rosa transparente e perfume,fumei aquele cigarro que tu odeias,arranjei a mala com a carteira,o leitor de mp3 com as musicas que me fazem lembrar de ti,o telemovel(embora esteja sem saldo e quase não lhe dê uso),pastilhas de morango,isqueiro e outras coisinhas insignificantes,e sentei-me para falar contigo.Estavas frio e distante.O medo de te perguntar se não voltavas mesmo era tão grande que fiquei em silencio a olhar para ti,ou aquilo que me deste de ti.Finalmente perguntei-te,e a resposta foi a que temia,não,não voltavas.Sem perceber as lágrimas escorriam-me pelo rosto,não sei se de raiva pelo teu ausente regresso,ou de raiva de mim mesma por não me aguentar indiferente como tu.Fizeste-me chorar,como tantas outras vezes me fizeste sorrir deliciosamente com as tuas piadas.Percebi que a saudade não se sente apenas quando alguem nos deixa,mas que se pressente como uma maldição que nos vai atordoar a vida.
Fiquei em silencio a olhar para os teus olhos verdes inocentes,e na cabeça corriam como crianças em pátio de escola as coisas que gostava de te dizer como despedida,mas não fui capaz de as tirar de lá.Disse-te "vai dando noticias" e dei-te o meu numero de telemovel,embora saiba que não o vais fazer nem o vais usar.E não te contei das minhas lágrimas por medo que a resposta fosse um riso,ou um "ya ya deve ser."
Queria tanto poder não regressar,contigo.
E agora elas correm tão depressa que nem tenho tempo de lhes pedir que parem,e tu corres tão depressa que não tenho coragem de te dizer "espera...".
Fiquei em silencio a olhar para os teus olhos verdes inocentes,e na cabeça corriam como crianças em pátio de escola as coisas que gostava de te dizer como despedida,mas não fui capaz de as tirar de lá.Disse-te "vai dando noticias" e dei-te o meu numero de telemovel,embora saiba que não o vais fazer nem o vais usar.E não te contei das minhas lágrimas por medo que a resposta fosse um riso,ou um "ya ya deve ser."
Queria tanto poder não regressar,contigo.
E agora elas correm tão depressa que nem tenho tempo de lhes pedir que parem,e tu corres tão depressa que não tenho coragem de te dizer "espera...".
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