Crise etária
Gosto de pensar que tenho tempo,que os anos demoram a passar e que afinal 365 dias têm 24 horas e tudo isto é coberto de baba de caracol.Gosto tanto de pensar nisto que há dias em que acordo e estou com 30 anos,e depois já não há desculpas que conheça para dizer que tenho tempo.Na verdade já não tenho tempo para atrasar a doença,o tratamento,a faculdade,o desejo de me remediar e começar a planear a menopausa com muita cautela.
A idade perfeita são os 18 anos,tão perfeita que passa rápido,ou simplesmente foi como uma eternidade no mesmo ano e que gostava de repetir para sempre.Os 20 foram porreiros,passaram ainda mais rápido e depois disso tem sido uma autoestrada de anos a passar por mim como se me atropelasse.Não tarda estou com 24 anos,é esquisito.Se dissesse isto em inglês soava melhor,mas quero prender-me à minha língua mais uns tempos mesmo sabendo que não me leva a lado nenhum.
Já não funciono sob pressão,funciono a combustiveis emotivos,ou seja não funciono.Não escrevo,não tenho assuntos,a rotina é aquilo que eu queria mas na verdade falta qualquer coisa para ser aquilo que eu realmente queria dela...Tem sempre de faltar qualquer coisa,uma coisinha irritante que eu nunca sei o que é até conseguir e depois de a conseguir aparece outra,e outra,e mais outra.
E se já não tiver assim tanto tempo?
A idade perfeita são os 18 anos,tão perfeita que passa rápido,ou simplesmente foi como uma eternidade no mesmo ano e que gostava de repetir para sempre.Os 20 foram porreiros,passaram ainda mais rápido e depois disso tem sido uma autoestrada de anos a passar por mim como se me atropelasse.Não tarda estou com 24 anos,é esquisito.Se dissesse isto em inglês soava melhor,mas quero prender-me à minha língua mais uns tempos mesmo sabendo que não me leva a lado nenhum.
Já não funciono sob pressão,funciono a combustiveis emotivos,ou seja não funciono.Não escrevo,não tenho assuntos,a rotina é aquilo que eu queria mas na verdade falta qualquer coisa para ser aquilo que eu realmente queria dela...Tem sempre de faltar qualquer coisa,uma coisinha irritante que eu nunca sei o que é até conseguir e depois de a conseguir aparece outra,e outra,e mais outra.
E se já não tiver assim tanto tempo?
publicada por pinkas @ 11:53 da tarde
1 Comentários:
Às 12:37 da manhã ,
Tiago Rodrigues disse...
Eu percebo o teu dilema. Sinto o mesmo há uns tempos, principalmente desde umas mudanças mais recentes na minha vida que supostamente eram, como diz um amigo meu, "aquilo que eu queria".
No entanto, "aquilo que eu queria" não é assim tão porreiro. Deixei muitos amigos para trás, por isso às vezes penso se valeu realmente a pena. E a forma que acabo por ter de não pensar nisso é deixar-me levar pela rotina. Mas não aguento muito até começar a aborrecer-me de morte. Então começo à procura de coisas interessantes para fazer. O problema é quando algumas dessas coisas dependem de outras pessoas e toda a gente se está a lixar para ti. Mas quando as coisas até correm bem, depois de serem feitas fico a pensar...e agora ? What's next ? E volto ao ponto de partida outra vez.
O mestre Trent disse tudo isto de uma forma muito melhor:
"I want to know everything
I want to be everywhere
I want to fuck everyone in the world
I want to do something that matters"
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