Um mar de sarcasmo
Adormeço num manto de flocos de chocolate aromatizados de baunilha e côco para acordar no meio de um xarope enjoativo de caramelo,pegajosa a tudo quero deixar e tudo me parece visto de fora.Até as minhas mãos me parecem escuras e estranhas e mexem-se à velocidade da luz enquanto raciocino.
Olho as ondas,não,primeiro o céu depois as ondas.O céu é a simplicidade para a qual nunca viverei e as ondas o meu habitat natural.Sou um bicho como outro qualquer numa selva bem perigosa e traiçoeira.O mundo tornou-se numa selva de areias movediças,num pântano sombrio de fantasmas.Eu gosto de me gabar à mesma de que não tenho fantasmas,não sou religiosa!Ahah a comédia que é mentir e confundir...Como eu ia dizendo,mergulho no desconhecido que é o mar e deixo de ver,deixo de ouvir,não sinto nada.Voar é igual concerteza,já sonhei que sim.Por isso é que os pássaros são felizes e vivem tão pouco.O pouco e o muito começa a ser uma incógnita para mim,eu que sempre fui tão equilibrada!Atenção que não me afogo,está tudo sob controlo.Eu sou o controlo em mulher,não grito não choro não fujo não morro não vou abaixo não me liberto não...Não,pronto.
O relógio faz tic-tac em câmera lenta e eu fujo dele.A vida é enorme!Não deveria sentir isso,quanto maior me parece mais curta ela é e vai correndo...E vai parando e vai correndo e não olha para trás,mas eu sim,e vejo-a passar impune,de fora.
Ganha-se imunidade à sanidade,torno-me numa polineuropatia eu mesma e procuro-me dentro de mim como a uma cura.E de repente o meu nome passou a ser rara,autosómica dominante e neurológica.Eu que sempre odiei rótulos han?
Mergulhei num mar de sarcasmos e aqui ando eu a flutuar...
Olho as ondas,não,primeiro o céu depois as ondas.O céu é a simplicidade para a qual nunca viverei e as ondas o meu habitat natural.Sou um bicho como outro qualquer numa selva bem perigosa e traiçoeira.O mundo tornou-se numa selva de areias movediças,num pântano sombrio de fantasmas.Eu gosto de me gabar à mesma de que não tenho fantasmas,não sou religiosa!Ahah a comédia que é mentir e confundir...Como eu ia dizendo,mergulho no desconhecido que é o mar e deixo de ver,deixo de ouvir,não sinto nada.Voar é igual concerteza,já sonhei que sim.Por isso é que os pássaros são felizes e vivem tão pouco.O pouco e o muito começa a ser uma incógnita para mim,eu que sempre fui tão equilibrada!Atenção que não me afogo,está tudo sob controlo.Eu sou o controlo em mulher,não grito não choro não fujo não morro não vou abaixo não me liberto não...Não,pronto.
O relógio faz tic-tac em câmera lenta e eu fujo dele.A vida é enorme!Não deveria sentir isso,quanto maior me parece mais curta ela é e vai correndo...E vai parando e vai correndo e não olha para trás,mas eu sim,e vejo-a passar impune,de fora.
Ganha-se imunidade à sanidade,torno-me numa polineuropatia eu mesma e procuro-me dentro de mim como a uma cura.E de repente o meu nome passou a ser rara,autosómica dominante e neurológica.Eu que sempre odiei rótulos han?
Mergulhei num mar de sarcasmos e aqui ando eu a flutuar...
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