Diário de uma Paixão

sexta-feira, outubro 03, 2008

Consulta nº1

À medida que o tempo passa,a revolta vai caindo como a neblina e desaparece aos poucos,no entanto há uma marca impossível de sarar,impossível de não ver,que eu teimo em fingir não acreditar.
A idade é uma coisa tão relativa que nem vale a pena falar nela,existe um cansaço de anos e anos num corpo juvenil,que doi a cada passo.O psicológico tem pormenores deliciosos quando passa imagem para o físico,como um espelho

A psicologa só me fez duas simples perguntas:
"Se lhe pedisse para falar um bocadinho sobre si,o que diria?"
e,
"Que vê no futuro?"

Eu sou tão boa a dar respostas que por vezes me afogo na mentira do mundo cor-de-rosa que ainda tenho esperança de existir,ou esperança de algum dia o ver totalmente construído.A má noticia é que em 21 anos de existência apenas tenho meia dúzia de tijolos pesados como base desse mundo.
Não lhe menti,até porque não tinha razões para isso,mas fui directa,até me doer a alma de frieza e o corpo de forçar o sorriso e engolir o choro.
Falei na pseudo-família que nunca tive,falei da descrença nas relações humanas,profissionais,dos sonhos da doença e do amor.
Demorei cerca de uma hora a chegar à unica parte positiva da história,e na segunda questão que me fez,hesitei anos na resposta,porque apesar de ter dado a que me surgiu na altura,ainda não descobri a verdadeira,e desconfio seriamente nunca vir a descobrir.
A unica evolução realista que houve em mim em tantos anos,foi na descrença.Hoje em dia posso afirmar que acredito na confiança,no pacto,na honestidade,na amizade e sobretudo no amor.
O amor embora não tenha encontrado de facto nenhuma explicação plausível,é amar quem merece,e quem não merece tambem.É amar simplesmente por fazê-lo,porque nos é inevitável e necessário à sobrevivência,amar porque...Porque sim.
A ultima análise que fez à minha pessoa,dizia que não suportava ser dependente,que necessito de razões para confiar,e isso fê-la dar-me carta branca para saber o meu futuro.
No final,disse que tinha muita força e se via nos meus olhos que fazia um grande esforço para me aguentar de pé.Pensei para comigo que a cafeína faz milagres,e a razão que me levava ali tambem,e não é Deus.
Dizem que o amor é a força que move o mundo,eu não acredito no mundo de hoje,nem nas forças superiores,mas acredito nele.

2 Comentários:

  • Às 7:21 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

    what up pink girlie?
    nice to know u are in love,,,wish akk the best

     
  • Às 6:53 da tarde , Blogger nuno medon disse...

    Olá! Então, como é que te sentes? Espero que a psicóloga te faça bem e que sintas melhorias daqui a algum tempo. Olha, eu tinha muitas fobias quando a minha Mãe me levou a um psicólogo/psiquiatra e uma das fobias que tinha era de cães. Se visse um na rua, a 100 metros de mim, fazia tudo por tudo para não me cruzar com ele. Entrei a ter muido medo de cães. Quando terminei as consultas, passados uns meses resolvi perder o medo a eles e quis começar por ter um cão, um boxer, porque apanhei um susto aos 5 anos de idade e quis um boxer p começar a perder o medo. Infelizmente o cão vinha doente e morreu. A seguir tive um pinscher e aí sim... esse cão foi a minha terapia! Ele tinha dois meses e eu tinha muito mede de pegar nele, depois comecei a ver que não me podia fazer mal e comecei a lidar com ele normalmente. Foi com ele que comecei a não ter receio dos cães. Se um dia, precisares de desabafar, o meu msn é nunomedon77@hotmail.com ! beijos e um abraço

     

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